ESCOLA CÂNDIDA FORTES BRANDÃO

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

PREVENÇÃO DE DROGA NA ESCOLA Rosa Maria S. Santos



Como psicopedagoga, encontrei no Psicodrama muitos pontos comuns, ambos partem da visão holística do homem; do entendimento que a "relação" é o princípio de todas as ações; de que o processo de aprendizagem não se reduz a aspectos puramente racionais, mas também cognitivos, afetivos e sociais e também que a espontaneidade, a sensibilidade, a intuição, a criatividade são elementos chaves para o ser em processo de construção do conhecimento, o ser cognoscente.

O que a levou a escrever este livro: "Prevenção de droga na escola: uma abordagem psicodramática"?

Em 1988 eu era agente multiplicadora em prevenção de drogas pela UnB (Universidade de Brasília). Concomitantemente com a formação em Psicodrama, dei vários cursos, sociodramas e treinamentos em diferentes escolas. Quando da especialização em Psicopedagogia em 1994, escolhi este tema para meu trabalho de campo. Investiguei como que os orientadores educacionais concebiam e realizavam prevenção. Daí descrevi minha intervenção para planejamento e implantação de um projeto de prevenção às drogas, numa escola particular de Brasília.

O que mais oferece o livro?


Ele procura trazer algumas informações essenciais para a compreensão do tema "droga", "adolescência" e "prevenção na família e escola" e oferece subsídios para que os profissionais das escolas possam montar um projeto de prevenção. Mostra a concepção educativa de prevenção de droga na escola, trazendo a contribuição do Psicodrama e da Psicopedagogia.

Como o Psicodrama contribuiu para o trabalho de prevenção de drogas nas escolas?

Os profissionais preparados através da abordagem psicodramática sentem-se mais mobilizados e sensibilizados para uma ação preventiva, possibilitando uma mudança na práxis, conforme depoimentos de que "agora, utiliza-se mais vivência, menos apostila, menos texto e mais ação".
O Psicodrama é isso, coloca o profissional em contato consigo mesmo, com a droga e com situações concretas. Ele encontra através de "insigts", não só subsídios para sua prática, como também troca de papel com o jovem e pode entender melhor seu anseio, limites, possibilidades e opções.
Numa vivência grupal o profissional pode se ver diante de sua verdade seus medos e fantasias. Pode repensar sua postura, trocar de papel com seu aluno, viver o "como se", compartilhar com seus colegas, assumir diferentes papéis, construir o conhecimento e propor alternativas, planos e projetos de trabalho.
Durante uma vivência psicodramática ocorre uma forte mobilização afetiva que cria um clima de compromisso, dificilmente conseguido por vias verbais. O diretor congela a cena, propõe técnicas diferentes e conduz a ação para o "insight dramático" que leva à obtenção final da "catarse de integração". Esta nada mais é do que uma compreensão integradora dos fatos revelados na ação dramática.


Qual seria o papel eficiente da escola na prevenção do uso de drogas?

Prevenir o uso de drogas é, antes de tudo, uma decisão política determinada por uma filosofia e um projeto integrado. Implica em falar de valores, educação de filhos, adolescência, relacionamento interpessoal, convivência afetiva e projeto de vida.
Acreditamos que a escola seja um espaço para desenvolver atividades educativas, visando qualidade de vida e educação para a saúde. Portanto, ela tem a responsabilidade da prevenção primária e secundária.

Quais as etapas de um trabalho de prevenção dentro da escola?

Um projeto de prevenção na escola passa por três etapas, envolvendo, respectivamente, os profissionais da escola, pais e alunos.
Na primeira etapa, chamada "Escola", realiza-se estudos, debates, vivências e sociodramas com o corpo técnico-administrativo e docente.
A segunda etapa envolve "Pais", tem o objetivo de fortalecer mais o contato com as famílias.
A terceira etapa "Alunos" compreende um trabalho de formação humana, atividades culturais, artísticas e esportivas, como também, diversas formas sutis de abordar o assunto, desde o espaço de discussão aberta oferecido pela Orientação Educacional ao espaço interdisciplinar.

Como você usa o sociodrama para o aprendizado sobre a droga?

O Sociodrama da droga busca realizar a terapêutica social dos grupos. O grupo é o protagonista do drama social, mostra uma sociedade em miniatura e a platéia representa a opinião pública do mundo. Partindo deste referencial sociodramático, o aprendizado sobre drogas é feito através de um processo ativo e vivencial, cujo ponto de partida é a subjetividade. O Sociodrama permite ao grupo no "aqui e agora" viver seus próprios dramas e buscar, no momento da imaginação e do simbólico, as respostas alternativas, os "insigts" para sua própria vida, possibilitando ao grupo se tornar um agente terapêutico.

Como os professores reagem frente ao trabalho preventivo?


De modo geral percebemos três posturas diferentes:

Nenhuma disponibilidade interna e indiferença: relatam que estão cansados, querem dar seu conteúdo e ir para casa. Atribuem à família toda a responsabilidade pelo processo preventivo. Representa uma grande parte.

pouca disponibilidade interna: geralmente associado a motivos pessoais (droga na família, extremo preconceito,etc). Possuem ojeriza de tocar no assunto "droga", quando o fazem exarcebam, adotam atitudes extremistas e de desespero, como o desejo de expulsar o usuário da escola ou a fantasia de resolver ou eliminar todos os envolvidos em droga, a partir de uma intervenção. Representam uma minoria dos educadores.

Muita disponibilidade interna: acreditam que a escola precisa parar, refletir e preparar seus profissionais para o trabalho preventivo. Atesta a força do amor, diálogo, crença em Deus e acreditam na sua intervenção para a formação do aluno. Relatam que querem deixar de ser expectadores e se tornarem co-autores do processo preventivo. Querem vencer a barreira da acomodação pessoal e da rigidez institucional. São excelentes colaboradores nos encontros, treinamentos e consultorias. Candidatam-se como voluntários para pertencerem à equipe de montagem do projeto em sua escola. Não são muitos, mas são os verdadeiros educadores no sentido profundo da palavra.

Como as escolas estão reagindo frente ao grande consumo de drogas?


Existem diferentes tipos de escolas, algumas querem ainda acreditar em "escolas sem drogas", ou pelo menos querem que as famílias acreditem isso. Outras procuram se mobilizar, sem bem saber como começar, mas organizam grupos de estudos sobre assunto, adotam algumas iniciativas isoladas. Outras escolas recebem modelos importados e adaptam para sua realidade. Outras recebem cursos de órgãos estaduais e uma pequena minoria opta por chamar profissionais especializados para trabalharem com sua equipe e montar um projeto coletivo de prevenção às drogas, sexualidade e outros temas emergentes atuais, buscando uma abordagem interdisciplinar.

Como as famílias podem praticar a prevenção às drogas?

Em primeiro lugar tratar o assunto sem terrorismo, falar a verdade, o jovem está vendo seus colegas usarem e não estão mortos. Em segundo lugar dar o exemplo, não abusar do álcool, não fumar e nem tomar medicamentos sem prescrição médica.
A prevenção se inicia desde a gestação da criança, num clima de aceitação, amor e respeito. Desde a mais tenra idade o espaço para o diálogo é cultivado e assuntos sobre sexualidade, drogas e outros temas fazem parte do cotidiano familiar. Não existe tabu e preconceito. Ao mesmo tempo a criança é educada para a autonomia, para ter senso crítico, tomar pequenas decisões. Quando crescer esta criança crítica e segura saberá lidar com todas as drogas nas prateleiras. A droga nunca vai ser eliminada da sociedade, a grande diferença está na opção do jovem, ele fortalecido em sua auto-estima, com um projeto de vida saberá resistir às tentações dos colegas, à curiosidade e ao modismo.

Como a família deve reagir quando descobre que seu filho abusa do álcool, está fumando ou usando drogas ilegais?

A primeira atitude é de calma, sem desespero, conversar, melhorar o canal de comunicação com o jovem, procurar ajuda espiritual, ler, buscar ajuda e o mais importante, realizar uma revisão geral nas relações, procurar conversar sobre os sentimentos verdadeiros, trabalhar as diferenças e os conflitos com equilíbrio e maturidade. Precisa verificar o grau de comprometimento do jovem com a droga, o tipo de droga que usa e, conforme o caso, buscar ajuda especializada. Tenho visto excelentes resultados com terapia familiar, todos os membros da família fazem parte do problema e da solução, muitas vezes o usuário é o bode expiatório da família, carrega a culpa e a depressão de todos. Os pais precisam compreender que, quanto mais neutra e apagada for à relação do jovem com eles, mais a droga vai completar sua personalidade e fazer parte integrante de sua vida.

O que você gostaria de concluir para os pais e educadores?

Pais e educadores precisam encontrar uma dimensão espiritual, precisam refletir sobre seus valores; filosofia de vida e suas relações com a droga lícita ou ilícita.
A família precisa focalizar sua preocupação não só com o trabalho e o dinheiro, mas com a convivência afetiva, exercitando seus filhos a conviverem com as frustrações, com limites, a saberem lidar com as figuras de autoridade e a desenvolverem sua autonomia e responsabilidade por suas opções.
A escola necessita de uma decisão política corajosa da direção, arrumar "tempo" para lidar com questões de formação humana, precisa envolver toda a equipe em cursos, treinamentos, estudos e trocas de experiências. Se sentir necessidade, precisa buscar ajuda de um especialista no assunto para montar e executar um projeto coletivo de prevenção.

Rosa Maria S. Santos - Pedagoga; Psicopedagoga; Psicodramatista; Agente multiplicadora em Prevenção de Drogas; Atendimento psicopedagógico; Orientação profissional; Consultora de Prevenção de Drogas; co-dirigente curso "Dinâmica e Jogos para Grupos"; co-dirigente curso "Escolinha" de Pais Obras já publicadas: Toxicomania Hoje, Gráfica SF, Brasília, 1990; Dependência Química Hoje, Gráfica SF, Brasília, 1992; Subsídios para um Programa de Prevenção Primária e Secundária ao Uso Indevido de Drogas, Gráfica SF, Brasília, 1992; Prevenção de Drogas na Escola: Uma Abordagem Psicodramática - Editora Papirus, 2ª ed.,1997.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

PREVENIR...

Prevenir... O quê?

O uso indevido e, não, as drogas.

A prevenção, aplicada ao fenômeno das drogas, visa a adoção de uma atitude responsável com relação ao uso de psicotrópicos. Isto equivale dizer que a prevenção ao uso indevido de drogas é uma intervenção cujo objetivo é evitar o estabelecimento de uma relação destrutiva de um indivíduo com uma droga, levando-se em consideração as circunstâncias em que ocorre o uso, com que finalidade e qual o tipo de relação que o sujeito mantém com a substância, seja ela lícita ou ilícita.
Assim, o eixo principal da prevenção é o ser humano.

Prevenir... Como?

Para que uma proposta de prevenção possa ser bem sucedida, encontrar receptividade na população-alvo e surtir efeitos concretos, é fundamental que as ações sejam orientadas por idéias construtivas, considerando as necessidades e características biopsicossociais do homem. Devem, ainda, objetivar a educação em prol da formação do sujeito e de sua inserção na sociedade a partir da promoção da qualidade de vida e da valorização da vida que o preconiza enquanto um ser social dotado de vontade e capaz de transformar a si e a seu meio.

Fonte: http://www.imesc.sp.gov.br/infodrogas/prevenir.htm

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

1. DROGAS ESTIMULANTES:
anfetaminas
cafeína
cocaína
crack
nicotina
outras drogas

2. DROGAS DEPRESSORAS:
álcool
barbitúrico
heroína
inalantes
solventes
outras drogas

3. DROGAS PERTURBADORAS
cacto
cogumelo
daime
lsd
maconha
outras drogas

IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA




Certos valores são desenvolvidos na família e,
se isso não acontecer,
ficará o vazio daquilo que não foi desenvolvido
(vazio que poderá ser preenchido com a droga).
Miriam Maion Codarin

quarta-feira, 6 de abril de 2011

ÁLCOOL É DROGA


ALCOOLISMO TEM CURA?

O alcoolismo é uma doença tratável, mas ainda não há cura.
Isso significa que mesmo que um dependente de álcool esteja sóbrio por muito tempo e tenha sua saúde de volta, ele ainda está suscetível a recaídas e deve continuar a evitar todas as bebidas alcoólicas. “Reduzir” não adianta!!! Parar é necessário para uma recuperação bem-sucedida.


SINAIS DE ALCOOLISMO

>>> Você já sentiu que deveria diminuir a bebida?

>>> As pessoas já o irritaram quando criticaram sua bebida?

>>> Você já tomou bebida alcoólica pela manhã para “aquecer” os nervos ou para se livrar de uma ressaca?

ATENÇÃO: Apenas um “sim” sugere um possível pŕoblema.


MOTIVOS PARA NÃO CONSUMIR

Há bons motivos para não se consumir álcool. Em relação à saúde, os riscos sáo dependência, doenças, obesidade e os problemas a ela relacionados, além dos problemas sociais envolvidos.
Lembrando que o álcool fornece sete calorias por grama, perdendo apenas para as gorduras e óleos, que fornecem nove calorias por grama.

Fonte: Jornal do Povo, Caderno Vida e Saúde, 5/6-02-2011.-

quinta-feira, 24 de março de 2011

CRONOGRAMA DE AÇÕES DO PROJETO

Fevereiro
Elaboração do projeto

Março
Divulgação  geral

Abril
Criação de blog, oportunizando aos alunos e professores a interação de expressão e atividades

Maio
Oficinas de prevenção com profissionais das áreas envolvidas
Desenvolvimento do PROERD ( Programa Educacional de Resistência às Drogas)

Junho
Rodas – Debates – Oficinas de Arte (Dança, Pintura, Ginástica)

Julho
Avaliação

Agosto
Ciclo de Palestras I - Brigada Militar, Conselho Tutelar, Ulbra/Serv. Social
Torneio de Integração

Setembro
Ciclo de Palestras II  - Assist. Social, Psicóloga, HCB, Grupo  “Amor Exigente” (usuários e familiares)

Outubro
Oficina para as mães: importância da nutrição
Filmes relacionados ao projeto
Exposição de trabalhos

Novembro
Formatura do Proerd
Reunião Geral – Avaliação

Dezembro
Culminância: Excursão à Quinta da Estância Grande, Viamão, RS